1 de maio 2017 - Ação Direta sem PERDA DE NENHUM DIREITO....

1 de maio 2017 - Ação Direta sem PERDA DE NENHUM DIREITO....
NÃO AO GENOCÍDIO SOCIAL, MASSACRE DAS TRABALHADORAS(OS)...SEM REFORMAS BURGUESAS

4° CONGRESSO OPERÁRIO BRASILEIRO.

4° CONGRESSO OPERÁRIO BRASILEIRO.

quarta-feira, 24 de junho de 2020

JORNADAS CULTURALES ANARQUISTAS 2020



QUASE TODX KONVIDADOS PARA ESTE EVENTO...(A)
Estamos muito felizes e satisfeitos com o convite para participarmos das Jornadas Culturales Anarquistas que vêm sendo promovidas pela CNT Albacete, no dia 4 de julho de 2020, às 18h30min (13h30min no Brasil), no debate "La situacion social y crisis actual en Brasil desde la perspectiva libertaria".


domingo, 29 de dezembro de 2019

DESGRAÇAS RETROSPECTIVA 2019...DESGRAÇAX

JANEIRO 2019 - ANO COMEÇA DESGRAÇADAMENTE...
bolsonaro posse politizeBom, começamos o primeiro dia do ano com a posse do nosso 38º Presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL). Primeiro, participou do desfile em carro aberto em Brasília (DF), ao lado da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, e de um dos filhos, Carlos Bolsonaro.No Congresso Nacional, fez o juramento de posse e foi empossado como Presidente do Brasil. Depois, foi homenageado com salva de tiros e apresentação da Esquadrilha da Fumaça.Quebrando o protocolo do cerimonial, a primeira dama fez um discurso no Parlatório do Palácio do Planalto antes do marido. Falou em LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) com tradução simultânea, e prometeu atuar em favor das pessoas com deficiência e daqueles que se julgam esquecidos pela sociedade.Em seguida, Jair Bolsonaro discursou de frente para o público que se encontrava na Praça dos Três Poderes, criticando a inversão dos valores morais, o politicamente correto e a intervenção estatal. Comemorou ainda a libertação do socialismo e agradeceu a Deus.Essa é a nossa bandeira, que jamais será vermelha (Bolsonaro, com a bandeira do Brasil nas mãos).
CEARá, VIOLÊNCIA...
Oitavo estado mais populoso do país e com a terceira maior taxa de mortes violentas em 2017 (atrás apenas do Rio Grande do Norte e do Acre), o Ceará entrou em crise de segurança pública no início de Janeiro. Foram contabilizados 205 ataques desde o início do ano, em 46 cidades do estado. As facções criminosas atuavam especialmente no período da noite, incendiando ônibus e atirando em delegacias, agências bancárias e prédios públicos. No estado, há 3 facções criminosas: o Primeiro Comando da Capital (PCC), a Guardiões do Estado (facção local, que atua como um “braço do PCC”) e o Comando Vermelho. Em 2016, PCC e Comando Vermelho, tradicionalmente inimigos, se aliaram para cada facção dominar o tráfico de drogas de regiões distintas, e por isso, o número de homicídios havia diminuído. Em 2017, as facções romperam – o que elevou o número de mortes – e, agora em 2019, a Polícia chegou à informação de que as três facções haviam se juntado novamente para realizar os ataques em prol de um objetivo comum.

CRIME EM BRUMADINHO,NÃO É ACIDENTE...

brumadinho antes brumadinho depois
Após 3 anos da tragédia em Mariana, no dia 25 de Janeiro, uma barragem de rejeitos de minérios do complexo Mina do Feijão rompeu e um mar de lama invadiu a mineradora e a cidade de Brumadinho (MG). Na sequência, outra barragem transbordou. A empresa responsável pelas barragens é a Samarco, comandada pela brasileira Vale e pela anglo-australiana BHP Billiton – a mesma responsável pela barragem do Fundão, que causou o maior desastre ambiental da história do Brasil, em Mariana (MG).No final de 2018, os moradores de Brumadinho haviam passado por um treinamento promovido pela Vale, em que uma sirene disparou e a empresa orientou o que eles deveriam fazer e para onde se encaminhar. No dia da tragédia, no entanto, a sirene de emergência não foi ativada e a população não recebeu nenhum aviso prévio ou orientação. A Vale também não levou os sobreviventes para um abrigo, apenas orientou a população a se encaminhar a um centro comunitário.
brumadinho bombeiros

O número de mortos é de 157, além dos 182 desaparecidos (até a data de 8 de fevereiro). Além dos bombeiros que ainda permanecem em busca de corpos, um grupo de salvamento de voluntários composto de moradores da região ajudou nos primeiros dias em que se procurava sobreviventes e militares israelenses também participaram da busca por alguns dias.O acontecimento gerou uma comoção nacional, movimentando várias inciativas para doação tanto para a população afetada quanto aos bombeiros. Nas redes sociais, a frase “não é acidente, é crime”...A DESGRAÇA CONTINUA...

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

...A MISÉRIA E DESIGUALDADE FIRME E FORTE...

Seis bilionários possuem a mesma riqueza de 100 mi de brasileiros

Estudo também revela que super-ricos pagam menos impostos que pobres




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ESSA VERDADE TRISTE E MEDONHA NOS CERCA A ALGUNS ANOS E SUFOCA DIA A DIA, MENTIRAS, DISTORÇÕES, ROUBOS MILIONÁRIOS, SUSTENTAR POLÍTICOS PARASITAS ESSA É UMA PEQUENA PARCELA ENTRE VÁRIAS COISAS QUE O MUNDO E EM ESPECIAL O BRASIL TEM DE ERRADO SUSTENTANDO O CAPITALISMO VORAZ QUE NÃO PERDOA NINGUÉM, PARA ISSO TEMOS QUE MUDAR NOSSAS VIDAS ATITUDES NOS ORGANIZARMOS DE FORMA HORIZONTAL SEM EXPLORADOS, UMA VIDA DIGNA PARA O TUDO E TODOS,,,NOSSA LUTA SEGUE EM MOSTRAR, ALERTAR, REIVINDICAR MUDANÇAS  BREVES PARA QUE AINDA HAJA UMA ESPERANÇA PARA GERAÇÕES FUTURAS, NÃO É UM TEXTO PÓS APOCALÍPTICO,  MAS A REALIDADE CAMINHA PARA TAL...AO ATAKE PUNKX/GRINDX/ANARCOSINDICALISTAS FORGS-C.O.B-AIT...

Um estudo sobre a desigualdade no País apresentado pela organização sem fins lucrativos Oxfam Brasil nesta segunda-feira (25) revela que os seis maiores bilionários do País concentravam, no começo deste ano, a mesma riqueza que a metade mais pobre da população — cerca de 100 milhões de pessoas.
Segundo o ranking de bilionários da revista Forbes deste ano, brasileiros mais ricos são: Jorge Paulo Lemann (investidor), Joseph Safra (banqueiro), Marcel Herrmann Telles (investidor), Carlos Alberto Sicupira (investidor), Eduardo Saverin (co-fundador do Facebook) e Ermirio de Moraes (do Grupo Votorantim).
Juntos, eles possuem uma fortuna estimada em mais de R$ 280 bilhões.
"Gastando R$ 1 milhão por dia, estes seis bilionários, juntos, levariam em média 36 anos para esgotar o equivalente ao seu patrimônio", acrescentaram os pesquisadores.
Os 31 bilionários brasileiros tinham, em 2016, uma fortuna estimada em R$ 424,5 bilhões. Metade deles herdou patrimônio da família.
Com base nisso, a Oxfam fala na "incapacidade de nosso sistema de desconcentrar a riqueza — algo que sistemas tributários mais progressivos, como visto em países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico, podem ajudar a fazer".
Carga tributária amiga dos ricosOs mais pobres e a classe média brasileira pagam, proporcionalmente, muito mais impostos do que os mais ricos.
"Essa inversão ocorre por, pelo menos, quatro razões: perda de progressividade nas faixas de renda mais altas do imposto de renda, má distribuição da carga entre impostos diretos e indiretos, baixa tributação do patrimônio e elisão [diminuição do peso da carga tributária no orçamento] e evasão [sonegação] fiscais".
O Imposto sobre a Renda é apontado como um dos fatores que contribuem para os super-ricos pagarem menos impostos.
"Pessoas que ganham 320 salários mínimos mensais pagam uma alíquota efetiva de imposto (ou seja, aquela realmente paga após descontos, deduções e isenções) similar à de quem ganha cinco salários mínimos mensais, e quatro vezes menor em comparação com declarantes de rendimentos mensais de 15 a 40 salários mínimos".
Outra falha no sistema tributário brasileiro apontada pelos pesquisadores é a ausência de impostos sobre lucros e dividendos.
"Desde 1996, donos ou acionistas de empresas deixaram de pagar qualquer imposto sobre os dividendos recebidos na distribuição de lucros das empresas, política de isenção que existe somente em dois países da lista de membros e parceiros da OCDE: Brasil e Estônia"
RendaO estudo, intitulado "A distância que nos une", ainda chama atenção pelo fato de que 80% dos brasileiros (165 milhões de pessoas) viverem com uma renda individual inferior a dois salários mínimos por mês: R$ 1.874.
São considerados entre os 10% mais ricos do País pessoas com renda per capita média de R$ 4.510. Esse grupo tem cerca de 20 milhões de brasileiros.
No topo da pirâmide está o 1% da população que recebe acima de R$ 40 mil por mês.
"Em relação à renda, o 1% mais rico da população recebe, em média, mais de 25% de toda a renda nacional, e os 5% mais ricos abocanham o mesmo que os demais 95%", destaca o estudo.
Os pesquisadores também chegaram à conclusão de que um brasileiro que recebe salário mínimo teria que trabalhar quatro anos para juntar o que o 1% mais rico ganha em um mês.
Já para equiparar o rendimento mensal ao do 0,1% mais rico, seriam necessários 19 anos de trabalho.
"Essa enorme concentração é fruto de um topo que ganha rendimentos muito altos, mas sobretudo de uma base enorme de brasileiros que ganha muito pouco", destaca o documento.
A Oxfam ressalta dados da Receita Federal de que pessoas com rendimentos superiores a 80 salários mínimos (atualmente R$ 74,9 mil) têm isenção média de 66% de impostos.
Porém, na classe média (com renda entre R$ 2.811 e R$ 14 mil) esse percentual cai para 17%.
Negros recebem menosSete em cada dez negros brasileiros (67%) recebem até 1,5 salário mínimo por mês (R$ 1.405,50). Já entre os brancos, 45% se incluem nessa faixa de renda.
"Cerca de 80% das pessoas negras ganham até dois salários mínimos. Tal como acontece com as mulheres, os negros são menos numerosos em todas as faixas de renda superiores a 1,5 salário mínimo, e para cada negro com rendimentos acima de 10 salários mínimos, há quatro brancos", observam os pesquisadores.
Outra observação do estudo é sobre a lenta evolução da renda dos negros diante dos brancos.

"Considerando todas as rendas, brancos ganhavam, em média, o dobro do que ganhavam negros, em 2015: R$ 1.589,00 em comparação com R$ 898,00 por mês. Em vinte anos, os rendimentos dos negros passaram de 45% do valor dos rendimentos dos brancos para apenas 57%. Se mantido o ritmo de inclusão de negros observado nesse período, a equiparação da renda média com a dos brancos ocorrerá somente em 2089".


terça-feira, 2 de maio de 2017

1 DE MAIO 2017 PORTO ALEGRE - MANIFESTO CULTURAL PROTESTO, DEBATE & MÚSICA...





O ROMBO DA PREVIDÊNCIA É DOS EMPRESÁRIOS, NÃO PAGAREMOS A DÍVIDA...PROTESTO ACONTECIDO EM PORTO ALEGRE NA PRAÇA DE SKATE DO IAPI, EVENTO JÁ MARCADO A ANOS COM AÇÃO DIRETA DE PALCO LIVRE, APRESENTAÇÃO DE INDIVÍDUOS, GRUPOS TOTAL AUTOGERIDO DE FORMA HORIZONTAL COMO NOSSA LUTA E ATUAÇÃO...O PROTESTO TEM INICIO JÁ PELA MANHA NA ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO COM A MONTAGEM DE BANDEIRAS, FAIXAS, E ESTRUTURA...PALCO ABERTO PARA MANIFESTAÇÕES CULTURAIS DIVERSAS E APRESENTAÇÕES  NA SEGUINTE SEQUENCIA KDP, KOMBATIVOS SUBVERSIVOS, THC, DEVASTADORAS E REJEITADOS PELO ÓDIO...KOM APRESENTAÇÃO DE UMA BANDA DE JOVENS MÚSICOS...ENTRE INTERVENÇÕES DE PROTESTO COM DIZERES E MANIFESTAÇÕES CONTRA TUDO QUE VEM CONTRA O TRABALHADOR, AS FALSAS REFORMAS DE UM SISTEMA E UM PODRE GOVERNOS ASSIM COMO QUALQUER UM QUE ESTÁ MIRANDO APENAS OS TRABALHADORES E A POPULAÇÃO GERAL, DANDO PRIVILÉGIOS E  IMPORTÂNCIA DIRETA AOS LACAIOS EMPRESÁRIOS E BURGUESES QUE ORQUESTRAM A DANÇA DA MORTE DOS PODERES...
ENQUANTO EXISTIR DESIGUALDADES, EXPLORAÇÃO, FASCISMO, CAPITALISMO E DEMAIS DOENÇAS SOCIAIS ESTAREMOS DE PÉ E EM COMBATE A ESSES MALES...
AO ATAKEPUNKx/Grindx(A) ANARCOSINDICALISTAS FORGS/COB - AIT...
VIVA A COB, VIVA A AIT...

segunda-feira, 3 de abril de 2017

Lucy Parsons - “Nós somos as escravas dos escravos....




Lucy Parsons: “Mais perigosa que mil manifestantes”

Lucy Eldine Gonzalez começou uma intensa militância no final do século XIX junto com seu companheiro Albert Parsons, um dos mártires de Chicago. Converteu-se num ícone da luta da classe trabalhadora e numa real preocupação para o estado norte-americano.

Lucy Parsons nasceu em 1853, no Texas escravista. De ascendência mexicana e provavelmente afro-americana, foi testemunha do racismo mais cruel. Viu com seus próprios olhos os linchamentos da Ku Klux Klan e precisou fugir para Chicago em 1871, quando se uniu a um homem branco, seu futuro companheiro, Albert Parsons.
Inspirada pela grande ação dos operários ferroviários de 1877 – que resultou numa histórica greve geral – reafirmaria seu compromisso militante. Quando Albert foi demitido por sua atividade política, Lucy, com o papel de arrimo da casa e mãe de dois filhos, se integrou ao Partido Socialista Trabalhista e se tornou membro dos Cavalheiros do Trabalho, uma das primeiras organizações que nucleavam negros e mulheres. Quando não trabalhava como costureira, escrevia regularmente artigos e logo se converteu numa destacada organizadora do Sindicato de Mulheres Trabalhadoras do Partido Socialista Trabalhista. Em 1883 romperia com este partido, junto com Albert, enfrentando-se à ala que adotou uma estratégia reformista: ela estava convencida de que somente uma revolução poderia acabar com aquele sistema.
Organizando os escravos do salário
O ano de 1886 marcou uma inflexão na história estadunidense. Em 1º de Maio foi declarada uma greve geral. Em Chicago, as fábricas e as ruas se converteram num vulcão de ira operária. Diante da repressão, que não demorou, milhares se reuniram na Praça Haymarket. Ali a polícia se lançou contra trabalhadores e militantes socialistas e anarquistas. Oito foram falsamente acusados de usar uma bomba. Entre eles estava Albert Parsons.
Durante o ano e meio em que Albert esteve preso esperando a execução, Lucy viajou por todo o país distribuindo panfletos e proferindo discursos para multidões. Quando José Martí, correspondente do jornal La Nación, cobriu o caso, não pode evitar palavras ao referir-se à senhora Parsons: “a apaixonada mestiça em cujo coração vibram como punhais as dores da gente trabalhadora (...); dizem que com tanta eloquência, rude e vibrante, nunca se havia descrito o tormento das classes abatidas; olhos fumegantes, palavras disparadas, punhos cerrados e, logo, falando das penas de uma pobre mãe”.
O dia em que seu companheiro foi enforcado, Lucy foi aprisionada e não pode vê-lo antes da execução. Isso não a esmoreceu. Pouco depois escreveria: “Nossos camaradas não foram assassinados pelo Estado porque tiveram algo a ver com a bomba, mas porque estavam organizando os escravos do salário. A classe capitalista (...) acreditou tolamente que matando os espíritos ativos do movimento operário atual iriam assustar toda a classe operária, mantendo-a escrava.” Esta mulher que nãos e deixa subjugar e vencer dedicou sua vida para demonstrar o contrário.
Somos as escravas dos escravos
Lucy considerava apenas a luta pela liberdade da classe operária, toda ela, poderia alcançar uma emancipação total das mulheres. Por isso chegou a acusar a anarquista feminista Emma Goldman de almejar uma liberdade individual “dirigida a plateias de classe média”. Lucy reivindicou sempre os direitos reprodutivos, a educação sexual, o acesso ao divórcio, junto com lutar pela organização das mulheres no interior do movimento operário.
Em 1905 foi fundada a combativa organização Trabalhadores Industriais do Mundo [IWW, por sua sigla em inglês]. Somente duas mulheres estiveram na fundação. Uma foi a valente Mother Jones; a outra, Lucy Parsons. Nessa ocasião, tomou a palavra: “Nós somos as escravas dos escravos. Somos exploradas mais cruelmente que os homens. Quando os salários devem ser rebaixados a classe capitalista usa as mulheres para reduzi-los (...) se cada homem e cada mulher que trabalha (...) decide que deve obter o que lhe pertence por direito (...) então não haverá exército suficientemente grande para vencê-los”.
Lucy também combateu o racismo ativamente. Mesmo sem nunca ter sido membro oficial, esteve ligada ao Partido Comunista. Dentro dele, desde 1925, foi parte da Defesa Trabalhista Internacional, que tinha como objetivo lutar pelas vítimas da repressão capitalista e pelos direitos dos negros.
Ela viveu para o futuro
Até o final de sua vida, Lucy Parsons encarnou a luta contra este sistema. Por isso a polícia de Chicago a classificou em seus arquivos como “mais perigosa do que mil manifestantes”.
Em 1941 Lucy apareceria publicamente pela última vez durante uma greve. Nem a temperatura gelada, nem a cegueira, nem seus 88 anos amansaram seu discurso. Curiosamente, se dirigia aos operários que enfrentavam a fábrica International Harvester, herdeira da planta McCormick na qual o assassinato de seis trabalhadores havia sido o estopim para a revolta da praça Haymarket em 1886.
Desde o final do século XIX, nos Estados Unidos se oficializou o Dia do Trabalho em setembro por temor de que o 1º de maio se convertesse numa data de distúrbios. Mas os mártires de Chicago e as grandes batalhas da classe operária são parte de uma tradição impossível de apagar. Quando Lucy Parsons morreu, em 1942, a polícia invadiu seu apartamento e confiscou seus vários livros e artigos, depois entregues ao FBI. Se é certo que a perda foi grande, a tradição legada por Lucy continuam vivas em cada ato de resistência contra a opressão às mulheres, nas lutas contra a exploração.